*Matéria publicada no site Jornal Estado de Minas
Há pouco mais de um ano de expedição do Decreto Nº 9.057, de 25 de maio de 2017, norma que atualizou a legislação sobre a regulamentação do ensino a distância no Brasil, houve crescimento de 133% dos polos EAD no país.
Antes, eles eram 6.583 e passaram a ser 15.394 de acordo com o Ministério da Educação (MEC).
Dados mais recentes do Censo da Educação Superior, coletados em 2016 e publicados no segundo semestre de 2017, também apontam que mais de 18% das matrículas no ensino superior são em cursos a distância, alcançando a marca de 1.494.418 em 2016. Em 2006, o percentual de participação da modalidade era de apenas 4,2% do total de matrículas.
Apesar de o número absoluto de estudantes ingressantes em cursos de graduação presencial (2.142.463) ainda ser superior ao da educação a distância (843.181), o número de matrículas variou positivamente em 297,3% nos cursos a distância entre 2006 e 2016.
Ainda de acordo com o Censo, o estudante típico da modalidade é do sexo feminino, estuda algum curso de licenciatura na rede privada e tem, em média, 27 anos.
É o caso da estudante de Pedagogia Núbia Lima da Conceição, de 34 anos. “É vantajoso fazer um curso EAD porque a gente organiza os nossos dias e horários de estudo. Fica mais fácil, ainda mais prático para quem concilia trabalho”, destaca. Estudo e trabalho, inclusive, é um binômio constante na vida da estudante por já atua na área, em uma escola da educação básica. A meta principal, portanto, é adquirir a graduação e continuar exercendo a vocação. “Para ser professora é preciso conhecer sobre práticas pedagógicas, de ensino e de metodologia. E eu gosto de estar na sala de aula. Para mim, é o mais atrativo da profissão”, afirma a estudante.
Segundo o Decreto, “as atividades presenciais, como tutorias, avaliações, estágios, práticas profissionais e de laboratório e defesa de trabalhos, previstas nos projetos pedagógicos ou de desenvolvimento da instituição de ensino e do curso, serão realizadas na sede da instituição de ensino, nos polos de educação a distância ou em ambiente profissional, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais”.
Os polos são unidades descentralizadas da instituição onde são desenvolvidas atividades presenciais que podem estar localizadas no Brasil ou no exterior. Diante dos números que refletem o crescimento da educação EAD, há ampliação dos investimentos em docentes e também na estrutura das Instituições de Ensino Superior (IES): biblioteca, laboratórios e espaço para provas presenciais estão entre os critérios.
Com isso, houve ampliação das possibilidades de formação para os alunos que moram longe dos grandes centros urbanos tal como Jader Caetano Barbosa Júnior, graduando em Engenharia Ambiental. “Na minha cidade não existe curso presencial e eu queria fazer faculdade aqui. Por isso, optei por começar um curso de graduação a distância”, explica o estudante que mora em Brasilândia de Minas.
Flexibilidade e custo da mensalidade
Mesmo com preços mais acessíveis se comparados a um curso presencial, a graduação ou pós-graduação a distância dispõe de condições de pagamento mais vantajosas em relação à modalidade presencial. “Busquei um curso EAD porque o custo é mais em conta. Não precisar estar em um lugar específico para estudar é outra vantagem da modalidade”, avalia Núbia, que cursa a graduação com bolsa de estudo do Educa Mais Brasil.
Além do custo da mensalidade, a flexibilidade de horário está entre os principais fatores que levam os estudantes a buscar a modalidade de ensino a distância.
Para ler a matéria na integra, favor acessar: