Matéria publicada no site da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados – 08/08/2017 15h35

 

Profissionais alegam que a falta de contato com a prática na área da saúde desde o início inviabiliza a formação de um bom profissional para lidar com pacientes em várias áreas

 

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 Cássio Fernando Silva afirma que não existe formação de profissional de saúde a distância

 

Dez expositores e um plenário lotado de profissionais da área da saúde. Foi neste cenário que ocorreu o debate na audiência pública sobre a expansão da oferta de cursos superiores a distância na área da saúde.

 

Os representantes da saúde se manifestaram contra a expansão descontrolada de cursos superiores a distância na área da saúde. Alegam que falta fiscalização rigorosa das condições em que os cursos são oferecidos e dos espaços físicos em que são feitas as práticas. Dorisdaia Humerez, do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), exemplificou dizendo que não há possibilidade de um enfermeiro aprender a utilizar corretamente um cateter urinário num paciente sem o aprendizado e a prática com acompanhamento profissional, possível apenas nos cursos presenciais.  

 

Cássio Fernando Silva, que coordena o Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde (CFAS), afirmou de forma categórica que “não existe formação ou graduação de profissional de saúde a distância”. Cássio disse que os 20% de possibilidade de aprendizado dentro de um curso tradicional, já previstos na legislação, são bastante razoáveis. Mas para além disso, é necessário sentar e discutir com profundidade, afirmou.

 

A expansão da Educação a Distância nos cursos da saúde presenciais deve ser incentivada na opinião do presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação. Luiz Roberto Curi afirmou ainda que o ensino a distância precisa ser tratado como mais uma ferramenta na formação dos profissionais e defendeu a reformulação curricular dos cursos superiores. Para ele, “a Educação a Distância não é uma irresponsabilidade e as irresponsabilidades devem ser combatidas de maneira feroz”.

O representante do MEC na audiência pública foi o Secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação, Henrique Sartori. Ele explicou que existem hoje no Brasil 393 instituições aptas a oferecer cursos a distância. Dos 2.575 cursos a distância oferecidos no país, 106 são da saúde. Outros 830 estão em processo de análise sendo que destes, 38 estão na área da saúde. Sartori assegurou que o MEC tem fiscalizado e que recebe regularmente denúncias e que todas são averiguadas e as medidas necessárias têm sido tomadas.

 

A audiência pública foi realizada atendendo a requerimentos dos deputados Atila Lira (PSB/PI), Izalci Lucas (PSDB/DF) e Junior Marreca (PEN/MA).

 

Veja aqui como foi a audiência pública que debateu a expansão da oferta de cursos superiores a distância na área da saúde.

 

Participantes:

Mesa 1

– HENRIQUE SARTORI – Secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação – SERES/MEC – Apresentação

 – LUIZ ROBERTO CURI –Pres. da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação – CES/CNE

– DORISDAIA HUMEREZ – Conselheira do Conselho Federal de Enfermagem – COFEN – Apresentação

– CÁSSIO FERNANDO SILVA – Coord. do Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde – CFAS – Apresentação

– ZILAMAR FERNANDES – Emérita Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Apresentação

 

Mesa 2

– BRUNO COIMBRA – Assessor Jurídico da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior – ABMES – Apresentação

– ELIZABETH GUEDES – Vice-Presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares – ANUP

– JAIR SANTOS JUNIOR – Conselheiro da Associação Brasileira de Educação a Distância – ABED

– RICARDO HOLZ – Pres. da Associação Brasileira dos Estudantes de Educação a Distância – ABE-EAD

– Francisca Rêgo Oliveira de Araújo – Conselho Nacional de Saúde-CNS

 

 

Para ler a matéria na integra favor acessar:

http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/ce/noticias/representantes-da-area-da-saude-sao-contra-curso-superior-majoritariamente-a-distancia-na-area-da-saude